[RESENHA] #2 After: Depois da Verdade - Anna Todd

em sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

FICHA TÉCNICA:
Nome: After We Collided 
Autor(a): Anna Todd
Editora: Paralela
País: EUA
Lançamento: 4 de março de 2015
Gênero: YA, Erótico, Romance
Páginas: 632
Adicione: Skoob
Compre: Amazon | Saraiva | Livraria Cultura | Submarino | Livrarias Curitiba


SINOPSE: "No segundo livro, Tessa tenta esquecer Hardin, o jovem caótico e revoltado que partiu seu coração em vários pedaços. Mas ela está prestes a descobrir que alguns amores não podem ser superados. Como apagar da memória as noites apaixonadas em seus braços, ou a eletricidade de seu toque? Hardin sabe que cometeu o pior erro de sua vida ao ter magoado Tessa tão profundamente. Ele não acha que merece tê-la de volta, mas se recusa a deixá-la partir. Neste livro, Hardin vai lutar com toda a sua força para reconquistar o grande amor da sua vida. Ao longo do caminho, os seus mais profundos segredos serão revelados. Depois da verdade, será que o amor de Tessa e Hardin resistirá?" (Amazon)



RESENHAS ANTERIORES:


***ATENÇÃO, ESTA RESENHA CONTÉM SPOILER DO LIVRO ANTERIOR***


 After: Depois da Verdade, se inicia exatamente onde termina o primeiro volume, com Tessa indo embora com Zed após descobrir toda a história da aposta.
 É neste volume que começamos a torcer por uma reviravolta na vida de Tessa, e ela começa a acontecer, mesmo que aos pouquinhos. Primeiro: ela finalmente decide se mudar para Seattle. Depois de tudo o que aconteceu, ela resolve mudar sua vida e recomeçar em outra cidade. E a outra que alguns leitores esperavam, mas não acontece, é a vida de Tessa tornando-se independente outra vez. Isto não acontece pois, ela acaba perdoando Hardin e eles reatam.

 Neste segundo volume, temos pouca participação do pessoal da faculdade e ele é mais voltado para a vida de casal de Hardin e Tessa. Depois de um início de relacionamento pra lá de conturbado, eles agora estão tentando manter uma relação mais saudável e madura, tentando não manter segredos e fazendo sempre questão de conversar sobre os problemas e inseguranças.
 Neste volume também somos introduzidos ao POV de Hardin, então podemos ter um pouco mais de acesso a sua mente e seus pensamentos, partes da história que Tessa não entende. Isto é de certa forma boa (para o leitor) pois assim podemos entender melhor o enigma que é Hardin.

"Jamais poderia ter imaginado isso - nem em meus sonhos mais insanos imaginaria que sofreria desse jeito. Acho que é isso que chamam de dor da perda. Nunca tive nada, nem ninguém pra amar, nunca senti a necessidade de ter uma pessoa que fosse completamente minha. Nunca quis me apegar a alguém dessa forma. O pânico - esse pânico filho da puta de perdê-la - não foi algo planejado. Nada disso foi."

 Já no primeiro volume, sabemos de alguns dos demônios que assolam a alma de Hardin, e através dos POVs dele podemos ver as cicatrizes enterradas fundo nele. Tessa também tem essa ciência, e está disposta a fazer com que seu amor possa seguir em frente e perdoar o passado. Mas fica aquele questionamento: as pessoas mudam mesmo por amor?
 Embora eu goste de pregar o quanto o amor é essencial na vida das pessoas, o quanto temos que ter nosso coração leve e pronto para amar a qualquer custo, temos também que entender que amor não enche barriga, em outras palavras, ele não é o suficiente para manter um relacionamento de pé. Hardin e Tessa vão perceber isso, bem aos poucos, mas não são capazes de admitir nem para si próprios que o relacionamento deles está fadado ao fim. Eles vão permanecer lutando, com unhas e dentes, para que as coisas funcionem e deem certo.

"Só porque ele não te ama da forma que quer, não quer dizer que ele não te ame com tudo o que tem." - Landon

 Lembram na resenha anterior, que eu disse que não era apenas o relacionamento Hessa a parte tóxica do livro? Eu estava me referindo a Carol, mãe de Tessa. A gente percebe coisas sutis no primeiro livro e neste fica ainda mais evidente o quanto ela necessita exercer controle sobre as escolhas de Tessa. Não que o que a mãe dela estivesse fazendo era de todo errado (proteger a filha e tudo o mais), o erro dela estava na forma como aquilo era feito. Forçando, gritando, exigindo. Neste volume percebemos que Tessa sequer teve um relacionamento parental decente, com seu pai bêbado que foi embora e uma controladora que quer planejar os passos da filha a seu modo. Se colocarmos numa balança, tanto o relacionamento com o Hardin quanto o relacionamento com Carol são igualmente tóxicos para Tessa, e com isso podemos compreender melhor porque ela é tão apegada ao Hardin e porque pra ela é tão difícil abrir mão dele.

 O final deste livro é, assim como o anterior, surpreendente. Não é tão forte e impactante quanto o do primeiro volume, mas igualmente inesperado e os leitores ficam sem reação, esperando para saber o que acontece a seguir.


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