[RESENHA] PEAC #2 Portas Erradas, Amores Confusos - Lare Barbosa

FICHA TÉCNICA

Nome: Portas Erradas, Amores Confusos
Autor(a): Lare Barbosa 
Editora: Coerência
País: Brasil
 Lançamento: 10 de dezembo de 2017 
Gênero: Romance
Páginas: 448
Adicione: Skoob
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SINOPSE: "A história de Maria Clara e Brandon ainda está longe de acabar. Depois de enfrentarem inúmeros desafios, agora precisam encarar seus conflitos pessoais para saber amadurecer, tomar decisões complicadas e saber se, estar juntos, realmente vale a pena. Com aventuras e personagens novos, uma dose a mais dessa vida conturbada e difícil dos jovens adolescentes, Portas Erradas, Amores Confusos é o segundo livro da trilogia que encantou a todos." (Ed. Coerência)

RESENHAS ANTERIORES:

LIVRO 1

**ATENÇÃO!!! ESTA RESENHA CONTÉM SPOILERS DO LIVRO ANTERIOR**

Eu estava esperando ansiosamente por essa continuação, já que o final de PEAC foi totalmente surpreendente! Portas Erradas, Amores Certos nos trouxe os personagens Maria Clara e Brandon, dois jovens bem imaturos que se descobrem no amor. Cheios de altos e baixos, brigas, reconciliações e alegria jovem, PEAC 1 nos trouxe um romance, embora com o enredo um tanto quanto amador (considerando que a história provém de uma fanfic), uma boa história de amor.

 Portas Erradas, Amores Confusos, começa logo depois dos acontecimentos finais de PEAC 1, quando Maria Clara sofre um acidente após pegar Brandon a traindo. Confesso que, desde o final do primeiro livro, já torcia pelo término dos dois, porque Brandon estava perfeitamente consciente do que estava fazendo, e não pareceu demonstrar arrependimento nenhum, pelo menos até Maria Clara aparecer em sua casa.
 Maria Clara agora tendo uma perda recente de memória (as vezes comuns em casos em que bate a cabeça), e Brandon viu ali uma chance de remediar tudo. Claro que, com o tempo, Maria Clara recuperou sua memória perdida e descobriu o porque tinha sofrido o tal acidente. Eles terminam.O que pra mim foi ótimo. Brandon pode ser o garanhão da escola, o garoto dos olhos dos pais, mas ainda é um menino muito imaturo, e definitivamente não está pronto para um relacionamento.
 Infelizmente (ou felizmente, depende do seu ponto de vista), eles voltam depois de um tempo. Mas não sei vocês, pra mim o romance deles não tem mais aquela magia que existia em PEAC 1. Depois do que Brandon fez, não conseguia mais vê-lo fazendo Maria Clara feliz... E isso foi se provando ao decorrer do livro. Ele se mostrou um garoto muito abusivo, agressivo, e muito egoísta. Ele perdeu absolutamente todos os pontos positivos que tinha comigo. Sorry Brandon, mas hoje não.
 Pra não parecer que só ele estava errado, tenho que dizer aqui que Maria Clara é tão imatura quanto ele. Talvez não tão manipuladora e egoísta quanto ele, mas ainda sim completamente despreparada para viver um relacionamento. E vocês criam plena consciência disso com o decorrer das páginas.
 Talvez pelo fato de Brandon ter feito isso, meio que estragou toda minha experiência com esse livro. Porque eu simplesmente não vejo mais um amor adolescente ali, eu vejo um relacionamento extremamente tóxico, e até mesmo um pouco perigoso.
 Por se tratar de Lare, é óbvio que grandes reviravoltas acontecem durante o livro. Essas tais reviravoltas até me fizeram esquecer meu ódio por Brandon por um momento, e são realmente coisas interessantes que acontecem (com interessantes eu não digo legal, apenas que atiça um pouco a leitura). Mas, mesmo eu sendo uma grande fã da Lare, preciso dar um puxão de orelha: não gostei da romantização que teve a respeito da gravidez na adolescência. Não vou dizer quem engravidou, o que acontece, só lendo pra saber. Ou talvez quem já leu (ou irá ler) tem uma opinião diferente da minha a respeito disso. Mas senti que a partir de um momento essa coisa de ficar grávida enquanto está no ensino médio é uma coisa completamente normal (eu iria dizer comum. Mas comum sabemos que é, só não é normal). Nós sabemos que sim, existem muitos casos de mães na adolescência, e tudo bem retratar isso num romance adolescente, o meu problema, como eu disse, foi na romantização da coisa.

 Com relação a escrita, ainda senti um pouco da fanfic ali, claro que não tanto quanto no primeiro livro. Esse livro me pareceu muito mais maduro com relação ao seu antecessor, mas ainda sim, falta um pouco pra se desprender dessa ideia de fanfic (isso é, se esse for o objetivo da autora).
 A leitura, pra mim, foi rápida pelo fato de que era um livro que eu estava aguardando há um ano para ler. Mas para quem não está tão ansioso quanto eu, talvez a leitura se torne um pouco massante ou cansativa pelo excesso de detalhes de lugares, trajes, momentos... Em certas partes do livro é totalmente aceitável. Mas em todo momento do livro torna ele um pouco cansativo mesmo.

 O final de PEAC 2 não é tão surpreendente quanto o anterior, na verdade é até um pouco previsível, mas sabemos que é uma trilogia então, definitivamente, terá um terceiro.
 Minhas preces para o último livro de PEAC é que Maria Clara e Brandon amadureçam muito. De verdade. Acho que um tempo separados faria muito bem aos dois. Durante minha leitura comparei um pouco o romance deles com o romance de Tessa e Hardin (After), mas só porque eles tem um relacionamento muito tóxico, e ver Maria Clara e Brandon me lembrou eles dois. Espero do fundo do meu coração que Brandon CRESÇA e pare de tratar Maria Clara como uma propriedade e mais como uma pessoa, que é o que ela é.

 Embora eu tenha me decepcionado MUITO com os personagens, o livro não é de todo ruim. É até "aceitável" o comportamento deles, considerando que são adolescentes, mas, bem, tecnicamente, Brandon tem a minha idade, e se ele fosse meu amigo eu daria um soco nele, é sério. Digo a vocês que a leitura vale sim, pra aprendizado, pra conhecimento, e pra quem é fã da série. Não digo que vocês vão amar 100%, isso vai muito do leitor, mas infelizmente Brandon estragou totalmente minha experiência com o livro, que não passou de 50%.

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